Com esse recurso, executivos deixam de fazer viagens internacionais, professores falam com alunos, médicos dão consulta e até coordenam cirurgias. De acordo com a qualidade que se precisa, pode-se usar desde uma webcam que custa cerca de R$ 200 até equipamentos de milhares de dólares de fornecedores como Aethra, Tandberg e Polycom. Uma vez comprado o equipamento, a videoconferência pode ser transmitida através da infra-estrutura de internet que a empresa já tem. “Qualquer um que tenha um endereço válido de internet (endereço IP) pode endereçar outra máquina até com uma webcam e linha discada”, explica o gerente executivo de vendas da Embratel, William Mateus de Oliveira. Cada empresa encontra o melhor caminho para a sua videoconferência. O Hospital Vera Cruz, por exemplo, precisava interligar suas unidades, além de estar em contato com instituições de todo o País. “Se chega um paciente com um caso raro, em 30 minutos nós fechamos conexão de videoconferência com um médico do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo”, afirma Glaucus Giulianus, da empresa Ingout, responsável pelo setor de tecnologia do Hospital Vera Cruz e do Life Center. SOLUÇÕES Como o hospital não pode correr o risco de deixar um paciente na mesa de cirurgia esperando, escolheu três soluções diferentes para sua videoconferência. Ela pode ser feita por linha telefônica (ISDN), por satélite – o hospital instalou uma antena e, quando é necessário, contrata um canal de satélite em menos de uma hora – ou pela rede IP que interliga seis mil pontos nos três prédios e tem saída para a internet. “Se uma cair, a outra garante.”
Ele explica que a linha ISDN é tarifada por minuto, em dobro,
como se fossem duas linhas telefônicas comuns. Pode parecer caro,
à primeira vista, mas se a empresa comparar o custo de uma hora
de ligação Brasil-Alemanha com o preço de passagem,
hotel, transporte, alimentação e o profissional que viaja,
não há como questionar que a videoconferência é
o futuro das comunicações entre empresas em cidades diferentes.
(IM) |